“... é para um Cristo vivo nos céus que os crentes são reunidos pelo Espírito Santo. Estamos unidos a um Chefe vivo — fomos levados a uma "pedra viva" (1 Pe 2:4). O Senhor é o nosso centro. Havendo achado paz pelo Seu sangue, nós reconhecemos que Ele é o nosso grande centro de reunião e o laço que nos une. "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt 18:20). O Espírito Santo é o único que promove a reunião; Cristo é o único objetivo em volta do qual nos reunimos; e a nossa assembleia, assim convocada, deve ser caracterizada pela santidade, de maneira que o Senhor nosso Deus possa habitar entre nós. O Espírito Santo só nos pode reunir para Cristo; não nos pode reunir em torno de um sistema, um nome, uma doutrina ou uma ordenação. Ele reúne para uma Pessoa, e essa Pessoa é Cristo glorificado no céu.”– Mackintosh

O Ego ou a Cruz

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


"Convém que Ele cresça e eu diminua"

O apóstolo Pedro falhou ao passar pela prova de negar a si mesmo e seguir o Senhor. Em Mateus está registrado que ao ouvir o Senhor falar de morte, ele O repreendeu severamente dizendo: "Tem pena de Ti Senhor! Isso de modo nenhum Te acontecerá" (Mt 16.22). Ao ouvir tais palavras Jesus bradou: Para trás de mim, Satanás"(v.23). O que Simão Pedro pretendia? Ele estava mesmo com pena do Senhor? Sim, sem dúvida, mas com muito mais pena de si mesmo. Sendo um discípulo do Mestre ele teria que passar pelo mesmo caminho que Jesus ia trilhar. Se Jesus pode morrer em Jerusalém, o mesmo poderá lhe acontecer. As palavras do Senhor em seguida deixam o quadro mais claro: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida (alma) perdê-la-á; mas quem perder a sua vida (alma) por amor de mim, achá-la-á" (v.24,25). Jesus está ligando a atitude de Simão Pedro com a questão de salvar ou perder a alma. Pedro queria salvar sua alma do sofrimento, mas a perderia na era vindoura, o milênio. Graças a Deus já temos um espírito regenerado, recebemos a vida de Deus e o próprio Espírito de Deus testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus. Isso se chama Justificação. O Espírito Santo começa então outra etapa da Sua obra em nós: a santificação, ou salvação da alma. A alma precisa ser separada do espírito (Hb 4.12). Para realizar isso nosso Senhor usa Sua Palavra viva e eficaz e a disciplina do Espírito Santo. No momento seguinte depois de crermos, o Espírito Santo inicia a obra de quebrantamento do nosso "homem exterior" (2 Co 4.16). Nosso espírito é o homem interior e nossa alma o homem exterior. As tribulações servem para quebrar nossa alma e se cooperarmos com o Espírito Santo, o resultado será: "O homem interior, contudo, se renova de dia em dia". Foi isso que João Batista declarou: "Convém que Ele cresça e eu diminua"(Jo.3.30). O "Eu" diminui quando nós o negamos e tomamos a nossa Cruz. O espaço criado pela Cruz ao cortar o nosso Eu é preenchido com a vida do Senhor Jesus e assim Ele é formado em nós (Gl 4.19). Isso é transformação! Isso é santificação! Isso é ser moldado na imagem do Filho Primogênito.

Glória a Deus!

Délcio Meireles

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