Transformando a mente pela Palavra de Deus

sábado, 17 de janeiro de 2009

Introdução

Pode ser exigido de uma criança que ela aja como adulto? Não. Por quê? Porque a criança tem a mentalidade de criança. Mas o que acontece quando a criança vai crescendo? A sua mentalidade vai se tornando em uma mentalidade de adulto. O que aconteceu com a mente dessa criança? Ela passou por uma transformação.

Romanos 12.2:

"Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". (NVI)

"Não permitam que o mundo ao redor os force a se encaixarem em seus moldes, mas deixem que Deus os recrie de maneira que o estado mental de vocês seja completamente transformado. Assim vocês demonstrarão na prática que a vontade de Deus é boa, aceitável a ele e perfeita". (J.B.Phillips)

Há dois imperativos, duas ordens, neste texto.

1ª Ordem - Não viva dentro da forma deste mundo. Não entre nos moldes, não
se deixe encaixar na forma deste mundo. O modelo do mundo não pode servir para quem se entregou a Cristo. Os padrões que devemos adotar para o nosso viver devem ser muito mais elevados do que os padrões do mundo.

2ª Ordem - Transformação - A palavra no original grego é metamorfou - ser mudado na forma. Notem - a ação do verbo transformar é reflexiva. Isto é, aquele que causa a ação é também o que sofre os resultados dela. A transformação deve ser processada em mim, em você. Mas de que maneira essa transformação vai acontecer? Pela renovação da mente.

Novos Conceitos - A nossa mente está cheia de conceitos deturpados. Não é difícil perceber que vivemos em uma geração de crentes, mas a sua mentalidade, o seu jeito de pensar é mundano. Nós somos um povo que teve a sua mentalidade impregnada por conceitos pagãos. E essas deturpações nos levaram a praticar um cristianismo paganizado. Como é que isso aconteceu?

Em Daniel 2.31 - Nabucodonozor teve um sonho. Ele viu uma estátua. Cada parte descrita representava um império. A estátua era constituída da seguinte forma:

1)Cabeça de fino ouro = Babilônia;

2) Peito e braços de prata = Pérsia;

3) Ventre e quadris de bronze = Grécia;

4) Pernas de ferro com pés de ferro e barro = Roma.

Em Daniel 2.39 - temos a informação que um terceiro reino, de bronze = Grécia, teria domínio sobre toda a terra. No v.40 - Um quarto reino - forte como o ferro - que a tudo quebra e esmiúça, assim ele fará em pedaços e esmiuçará - Roma conquista a Grécia. Mas um fato interessante - a cultura grega dominou Roma. Aí então a civilização ocidental sofreu a influência da Grécia.

Em Daniel 10.20 - O anjo do Senhor falando a Daniel - Quando ele saísse da batalha com o príncipe dos Persas, o príncipe da Grécia (principado) entraria em cena. O principado da Grécia contaminou toda a civilização ocidental.

Alguns períodos ficaram conhecidos:

Humanismo - O homem em lugar de Deus. O homem como o centro de tudo. Há pouco tempo essa aberração voltou à tona com o movimento chamado Nova Era.

Intelectualismo - Somente aceita aquilo que a razão pode explicar. Neste movimento a fé é completamente abolida.

Surge também: o culto ao belo, ao corpo humano, a adoração aos esportes . Tudo isso é idolatria. Qualquer coisa ou pessoa que toma o lugar de Deus em nossa vida é idolatria. Idolatria é viver de substitutos.

Por que muitos somente vão ao local de reunião da igreja uma vez por semana? Por que será que muitos que já creram em Cristo como seu salvador continuam exclamando a Senhora Aparecida que não é nossa? A Bíblia diz em Salmos 16.4: muitas serão as penas dos que trocam o Senhor por outros deuses; não oferecerei as suas libações de sangue, e os meus lábios não pronunciarão o seu nome. Ainda em Oséias 3.17 diz: Da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se lembrará desses nomes. Por que muitos cristãos continuam coniventes com certas datas comemorativas mesmo sabendo que é uma propagação do paganismo? Por que fazer o impossível para dar presente somente no pseudo Natal reforçando uma mentira do paganismo na mente das crianças?

Sabemos que a civilização ocidental foi e continua influenciada pelo pensamento grego, que certamente foi afetado pelo paganismo babilônico e egípcio. Será que ainda há dúvida de que precisamos renovar a mente? Não dar para perceber que vivemos em uma geração de crentes, mas a sua mentalidade, o seu jeito de pensar e agir são mundanos? “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”.

O texto nos chama a uma transformação que somente vai acontecer através de uma mente renovada. É uma nova mentalidade; uma nova maneira de pensar e de agir; pois é na mente que são formados o conceito, as idéias. Então se na sua mente foi armazenado um conceito, um ensino errado, evidentemente você vai agir de acordo com esse conceito. O que é ser transformado? É exceder a forma, é ir além, é não caber dentro dela, é romper com a moldura.

É maravilhoso quando compartilhamos as verdades da Bíblia acerca do Senhor Jesus a uma pessoa, e ouvimos dela a expressão: “Ah! Como eu gostaria de ter ouvido isso há mais tempo! Essa é uma expressão de alguém que estava vivendo de uma maneira, e que até considerava certa, mas quando a verdade lhe foi exposta, as “escamas” dos seus olhos caíram, e então ela percebeu a profundidade da cegueira que ela vivia. Ela percebeu também quão vazia e sem validade alguma era a sua religiosidade. Em outras palavras; essa pessoa está decidida a romper a forma antiga da sua religiosidade, a sua mente começa a ser transformada. A humildade de reconhecer a necessidade de mudança é louvável!

É tão necessária a mudança da nossa mentalidade porque o texto diz que é através dessa metanóia mental, isto é, de uma mudança de mente, de uma conversão a Cristo, conforme diz no livro de Atos 26.20, que virá a transformação da nossa maneira de pensar e de agir, e então você e eu vamos experimentar “a boa, a agradável e perfeita vontade de Deus”.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos ajude a trazê-lo para a centralidade de nossas vidas e considerá-lo como suficiente em nossas práticas como igreja.

João Nascimento

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