“... é para um Cristo vivo nos céus que os crentes são reunidos pelo Espírito Santo. Estamos unidos a um Chefe vivo — fomos levados a uma "pedra viva" (1 Pe 2:4). O Senhor é o nosso centro. Havendo achado paz pelo Seu sangue, nós reconhecemos que Ele é o nosso grande centro de reunião e o laço que nos une. "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt 18:20). O Espírito Santo é o único que promove a reunião; Cristo é o único objetivo em volta do qual nos reunimos; e a nossa assembleia, assim convocada, deve ser caracterizada pela santidade, de maneira que o Senhor nosso Deus possa habitar entre nós. O Espírito Santo só nos pode reunir para Cristo; não nos pode reunir em torno de um sistema, um nome, uma doutrina ou uma ordenação. Ele reúne para uma Pessoa, e essa Pessoa é Cristo glorificado no céu.”– Mackintosh

Aionios (αιωνιος)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Vamos ler o Evangelho de Mateus capítulo 12 e o versículo 32 diz:


“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.


Nesse texto temos que fazer uma analise da palavra “mundo”. Segundo o original grego o termo aqui é Αιων. Na versão Revista Corrigida está “século”, na Revista Atualizada está “mundo”. Antes de tratar sobre a força e o uso deste adjetivo, é bom examinar brevemente este vocábulo αιων, entender sua origem. A mais antiga aplicação desse substantivo entre os escritores gregos tais como Homero, Hesíodo, Pindar, os poetas trágicos e Herodoto, é feita com referência a vida de um homem ou ao curso da vida. Na história posterior da língua denotava um largo período de tempo. Os filósofos empregavam em contra distinção de χρονος para expressar a duração, αιων de objetos eternos e imutáveis e χρονος para aqueles que são temporais e corpóreos. Por isso, αιων foi utilizado na filosofia antiga com o significado da infinita e imutável eternidade de DEUS.


Por isso, no grego helenístico, os autores da mesma época que os do Novo Testamento, esta palavra foi empregada especificamente para expressar a eternidade. Portanto, nada pode estar mais claro que o uso desse termo nos tempos antigos e na linguagem dos escritores neotestamentário para representar o que é imutável e eterno.


Agora, preste atenção, porque, quando esse termo é qualificado por palavras que modificam seu sentido, se usa nas Escrituras para o curso contínuo de um determinado sistema governado por certos princípios, como em Mateus 12.32; 13.39-40; 24.3; 28.20; há também sua aplicação num sentido mais moral do que dispensacional, como em Gálatas 1.4; Efésios 2.2.


Concluindo então, αιων pode ser empregado de maneira que expressa a continua existência de uma coisa cuja natureza não dura para sempre (como a vida humana, uma era ininterrupta ou dispensacional, ou ao curso geral deste mundo), seu sentido próprio, tomado por si mesmo, é expressar a eternidade. E o mesmo é certo de αιωνιος, que se usa em certos contextos especiais, como em Romanos 16.25; 2 Timóteo 1.9 e Tito 1.2 onde χρονοι modifica sua força e lhe dá um sentido relativo mais absoluto; mas seu significado natural, a menos que seja positivamente restringido, é o eterno em contraste com o temporal.


Fonte – Anotações cristãs - William Kelly, vol. II, pág. 173


Tradução – Luiz Fontes



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“Todo-Poderoso , aquele que era , que é, e que há de vir.”
“Ora, vem, Senhor Jesus!”

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