“... é para um Cristo vivo nos céus que os crentes são reunidos pelo Espírito Santo. Estamos unidos a um Chefe vivo — fomos levados a uma "pedra viva" (1 Pe 2:4). O Senhor é o nosso centro. Havendo achado paz pelo Seu sangue, nós reconhecemos que Ele é o nosso grande centro de reunião e o laço que nos une. "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt 18:20). O Espírito Santo é o único que promove a reunião; Cristo é o único objetivo em volta do qual nos reunimos; e a nossa assembleia, assim convocada, deve ser caracterizada pela santidade, de maneira que o Senhor nosso Deus possa habitar entre nós. O Espírito Santo só nos pode reunir para Cristo; não nos pode reunir em torno de um sistema, um nome, uma doutrina ou uma ordenação. Ele reúne para uma Pessoa, e essa Pessoa é Cristo glorificado no céu.”– Mackintosh

A UNIDADE

sábado, 22 de novembro de 2008


(Resposta a uma carta)

Cremos que todos aqueles que crêem em Cristo, tendo morrido e ressuscitado com Ele, foram selados pelo Espírito Santo e formam parte do Seu Corpo. Corpo visto e considerado como estando na terra. Seguramente há “um Corpo”(Efésios 4:4). Isto é tão verdadeiro agora como quando o apóstolo escreveu a epístola aos Efésios. Este Corpo é indissolúvel. Sua unidade não pode ser quebrada. Não existe tal coisa como “desligar-se do Corpo de Cristo” ou “amputar membros do Corpo”. Estas são expressões que se utilizam sem prestar a devida atenção na Escritura. Somos obrigados a reconhecer, como uma grande verdade fundamental, a unidade do Corpo. Não somos chamados para formar uma unidade, e sim para reconhecer a unidade que o Espírito Santo de Deus nos assegura. Tentar construir uma unidade com nossas próprias mãos é tão contrário à verdade como tentar fazer e obter justiça para nós mesmos. Deus revela Sua justiça sobre o princípio da fé; acreditamos e a possuímos. Assim também, Deus revela Sua unidade; acreditamos e andamos na luz da mesma. Lamentavelmente, os homens se recusam a submeter-se a justiça de Deus e tentam estabelecer a sua própria justiça; assim mesmo, recusam a unidade de Deus e tentam formar a sua própria unidade. Mas, tanto a justiça como a unidade do homem irá desaparecer como a neblina da manhã; enquanto a justiça e unidade divinas são eternas.

Estamos plenamente de acordo com os senhores quando declaramos que o nosso lema deve ser sempre: primeiro, a verdade; a unidade pode-se; mas a verdade sobre tudo. Se a unidade fosse conseguida à custa da verdade, não poderia ser “a unidade do Espírito” (Efésios 4:3). Muitos, não obstante, caem no erro de pensar que a unidade é algo que eles mesmos têm que estabelecer; entretanto a unidade do Corpo é uma grande realidade, uma verdade substancial, à luz da qual somos chamados a andar e a julgarmos a nós mesmos e a todos quantos nos rodeiam. Não temos, porém competência para formar essa unidade, do mesmo modo que não a temos para remir nossos pecados e conseguir com nossos esforços nossa própria justiça. Esta última, do princípio ao fim, é obra de Deus. Ele revelou Sua justiça; a recebemos pela fé. Ele revelou Sua unidade; a recebemos pela fé; e, assim como seguramente seria um grave erro querermos obter por nossos esforços nossa própria justiça, do mesmo modo é um grave erro procurar produzir nossa própria unidade. Cristo é o centro da unidade de Deus; o Espírito Santo, o poder; e a verdade, a base. Enquanto na unidade produzida pelo homem os senhores irão encontrar com todos os tipos de centros: um homem, uma ordenança, uma doutrina, qualquer coisa que não seja Cristo. Esta unidade pode ser mantida pelos esforços da vontade humana, e se fundamenta na tradição, na conveniência e na razão. Em resumidas palavras, não é nem Cristo, nem é Espírito, nem a verdade; não é de Deus; e o que com Deus não ajunta, espalha (Mateus 12:30).

C. H. Mackintosh - Artigo traduzido do site verdadespreciosas.com.ar

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